sexta-feira, 22 de abril de 2011

No litoral, na zona da mata, no agreste, no sertão, no concreto, no planalto, no cerrado, no pantanal, nos pampas...

As coisas que estão presas dentro de mim, as que eu não queria entrar em contato estão aflorando. Não importa onde eu esteja, ao que parece não sou uma moça de se apresentar a família, não sou feita de troféu. Mas só a impossibilidade desta alternativa já me coloca numa posição desconfortável. Como se eu não fosse suficientemente bela ou admirável para ser apresentada à família, como se eu fosse uma qualquer de uma noite.
Ainda assim este é o menor de meus problemas.
A saudade empregnada da minha família está me tomando, e a solidão se acirrando.
Meus rumos são totalmente incertos, não há um cais.
Mas se ao menos alguém me inventasse um cais onde eu soubesse a vez de me lançar eu saberia o que fazer, eu saberia onde ficar.
Vozes ecoam como se eu fosse a retirante deslumbrada que se arrependeu, elas me enojam. São pessoas as quais eu dediquei tempo e história de vida para que elas me compreendessem e mesmo assim não são capazes de vê um rastro sequer da minha alma.
Se eu me for, se eu ficar tanto faz, afinal o problema central é que eu esperava demais desta cidade, oras. Não é bem assim caras vozes, eu continuo com a mesma força, a mesma paixão, os mesmos sonhos, só não tenho certeza se vocês querem sonhar como eu sonho.

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