terça-feira, 29 de abril de 2008

Intervalos de sensações

De qual dor falas?
Qual caminho encontras?
E que olhar não pesa como granito?
E por todas as perguntas que faço
passo da proibição ao aprendizado...
Por não chorar é que minha alma chove
,cada dia o mesmo trabalho de secar o chão de meus continentes,
e nas noites me perco, sem lembranças.
De tanto fincar minhas garras na coragem esqueço do medo,
e continua meu sorriso que só se abre com orvalho...
Já não luto por minha própria sede,
e me abandono para ver nascer outro dia
deixei rastro de rimas absurdas e obsoletas
hoje respondo teus retalhos com adistringencia massiva

Redescobrir

Como se fora brincadeira de roda, memórias
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o gosto do lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o calor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Entender que tudo isso é nosso, sempre esteve entre nós, história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo pricipia na própria pessoa, beleza
Vai como criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história

Gonzaguinha

Arroz com feijão, futuras rimas idiotas e apresentação...

Quis escrever pra ser bonito, diferente, inovador. Alguma coisa assim que chamasse atenção dos meus amigos poetas de verdade, ou ao menos que provocasse algum tipo de sentimento para além do "bonitinho". O fato é que eu não consigo. As pessoas são tão perdidas em si mesmas que não vão se perder em pessoinhas sem sal nem açúcar como eu. Longe de ser um blog emo de lamúrias, minhas pretenções se resumem em não deixar morrer algo que sempre gostei: o convívio com as palavras. Se fora brincadeira de roda, hoje como todos os trabalhadores me encontro na dança da vida.