terça-feira, 22 de junho de 2010

4, 14 e 24

É nariz sangrando.
cabelo fora do lugar,
ou sou eu?
É tudo caindo, escorrendo
por entre os dedos da vida.
É pesadelo,
muito pesadelo.
Impaciência, dor, tumulto.
É não escrever,
é escrever muito.
É música certa na hora errada,
o peso do silêncio.
É a certeza das dúvidas,
é a desconfiança do próximo instante.
É o medo da segunda-feira,
a feira de sábado.
Não é o fim do caminho,
mas o derradeiro passo do antigo caminhar.
É não saber como se anda,
é o vagar.
É o controle do incontrolável,
o descompasso do amadurecimento.
São os círculos.
É o instante compulsivo,
cravado na estabilidade.
É o não entender,
é o inverno nos dentes.
É o desabafo com parcimônia,
é o absolver, solver, ver e não enxergar.
São as lágrimas sumo das palavras,
são anos e anos e anos resumidos à nada.
É ter muito o que fazer,
de um tanto que não faz sentido algum.
É o ócio preenchido de trabalho,
e o trabalhar para oficina do diabo.
É ser só, e assim será daqui pra frente.
É o que é, e esse é o meu maior problema.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Eu quero morrer

Decepções
descem
opções
desmoralizam
ferem
assassinam
insiste-se em viver
paga-se o preço
aí sim:
- MORRE-se!