sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Encontrando a dor

Hoje duvidei que poderia sentir dor. Vaguei e achei


http://www.youtube.com/watch?v=3vjwJlv7Dfk&feature=related

E eu já não escrevo mais aqui

Acho que passei muito tempo sem esse outro lugar. A luz está acesa e não há ninguém. Esse vazio que se tornou minha vida não me faz pensar como seria se eu tivesse outras escolhas. Preciso me apaixonar. Me apaixonar pela vida, pelas pessoas e até por mim. Esse vazio que me afasta dos amores e do mundo. Preciso construir algo no lugar. Preciso apenas viver.

sábado, 2 de julho de 2011

é apenas tudo isso

Apenas nos amamos com bons seres humanos que somos, eu e ele.
Foi preciso 24h para que descobrir o quanto a distância brinca de nos aproximar e que estamos guardados um no outro... até que o ciclo começe outra vez.

domingo, 5 de junho de 2011

espera

Estou a espera das mãos do amor...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Só em mim

Se antes eu não sabia o que era, essa semana tive certeza. É tempestade, e das grandes. Preciso de uma vida mais regrada, preciso amar. O amor que eu quero não tem corações vermelhos brilhantes, não tem desespero de perda, não tem sufocamento nem ciúme.
O amor que eu vou ter não será sublime, será carnal, profano e verdadeiro. Ao mesmo tempo esse amor será companheiro e invadirá minha boca com aqueles sorrisos. Meu amor vai se pegar olhando pra mim, só por olhar. Eu vou me pegar com o coração disparado por sentir seu cheiro em situações inesperadas.

Até encontrá-lo só acredito em mim...


Noturno
Fagner
Composição : Graco / Caio Sílvio

O aço dos meus olhos
E o fel das minhas palavras
Acalmaram meu silêncio
Mas deixaram suas marcas...

Se hoje sou deserto
É que eu não sabia
Que as flores com o tempo
Perdem a força
E a ventania
Vem mais forte...

Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu!...

Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!...

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fôgo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A minha taça de vinho

Comprei um vinho francês. Comecei minha trajetória de conhecedora de vinhos. Quando abri a rolha descobri o gosto exato da solidão. O vinho tem vida própria, convidou Cartola que subtamente começou a cantar...


Preciso Me Encontrar
Cartola
Composição : Candeia

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir prá não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...



Depois dessa semana conturbada e calma ao mesmo tempo, eu já não sei se sou eu que estou em paz demais com as tormentas, ou se estas são apenas chuvas passageiras. O que fica disso tudo é que preciso aprender, sempre. Meu final de noite foi meio internacional, e depois disso acho que não estou tão longe de Mandarina, mas deixa que o tempo resolva, que o tempo pondere, e venha mais uma taça, mais uma sublime melodia de Cartola... Alvorada lá no morro que beleza... fingindo, fingindo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Caras tristezas

Venho por meio desta contar para vocês como foram meus dias repletos de suas presenças...
Domingo perdi o futebol, mas estavas lá como sempre. Depois pensei que ao menos me restavam as pessoas, mas elas me entediavam e foram vocês que me fizeram compania. O tempo se passou achei que restaria minha possível chance para o amor. Tolice. Quase pego uma pneumonia pra encontra apenas vocês, minhas caras.
Segunda começou com "aquela ressaca", suas vozes gritando "estamos aqui, tá vendo". Uma dor de estomago inenarravel e a vontade de não mais fumar. Não fumei por mais dois dias e eu pensei que se aproximariam novamente, mas vocês ficaram quietas desta vez. Estou com a agenda lotada de coisas, para não ter tempo de escutá-las. Mas toda vez que pego o trem ou o metrô, além dos braços e mais braços estendidos ao meu lado o que mais me sufoca é a explosão com que vocês me ensurdecem. Só espero que cada uma vá pro seu devido lugar, embelezar meu passo miúdo e vivido.

Com carinho,


Talita Kumy, ou apenas quem sente vocês.


Me acostumei com as peculiares presenças das minhas tristezas, dos erros, do passado.
Insano é ter que fugir delas para ser feliz, penso que não quero mais isso.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Medo

Estou com uma idéia fixa de escrever este texto. Não é um saudosismo piegas, é que eu estou apavorada. Tudo hoje é construido em cima da pressa, do não perder tempo.

Há alguns dias conversando com uma amiga questionavamos sobre a sobrinha dela ir para uma escolinha que propagandeia como algo bom ter aulas de expressão corporal quando ela completar um ano. A pergunta que não quer calar é: o que uma criança nessa idade tem pra se expressar? A resposta bem sabemos, mas os pais da criança optaram pela propaganda.

Ontem e hoje escutei Nana Caymmi na volta do trabalho, entre outras coisas ela comentava dos seus casamentos, da importância deles para sua vida pessoal e artística. Hoje as pessoas não se casam, elas ficam, namoram um tempo, se juntam, brigam e se separam. Mas na maioria das vezes elas não passam do primeiro estágio. Não que eu defenda a farsa do casamento, o problema é que todos estamos afoitos para ter alguém ao lado, e cada vez mais queimamos etapas sem nos darmos tempo para se apaixonar objetivando o amor. O pior disso tudo é que junto com as etapas queimamos fletes, poemas, e todas aquelas coisas que renderam belissímas músicas, quadros, livros...

As notícias chegam muito rápido e muitas vezes nem dá tempo de sabermos o que pensamos sobre elas, mas basta clicar no "curti" que você já compartilha aquela idéia, ou aquele fato.

O olhar, o sorriso e o mistério foram simplificados por uma mera pesquisa no álbum, nos recados, nos comentários.

Os livros chegam através de aplicativos com citações isoladas falseando a intelectualidade alheia.

É como se precisassemos de vida pois sabemos que não viveremos muito, mas de fato nem sabemos disso porque é perda de tempo pensar. Eu tive medo porque eu pensei.

Nossas alegrias e tristezas particulares pseudamente compartilhadas, nossas fotos premeditadamente espontaneas, porque temos pressa de ser felizes por estarmos demasiadamente tristes.

Acho que é isso. Agora estou mais aliviada. O problema era parar pra escrever aqui até admiti que o mundo de hoje está me ensinando como se faz pra viver uma vida repleta de nada, ao menos nada tão real assim.
Parece triste, né? E é.

Sobre o frio


Estou no trabalho e nem sei porque ainda falo isso, eu sempre estou no trabalho...
O frio chegou a São Paulo e com ele todas as afirmações e conexões com a solidão.
Fui fumar o costumeiro cigarro da tarde e pensei que o frio só é solitário quando se está só. Não há nada mais gostoso que ficar em baixo das cobertas com o ser amado e as pessoas fazem isso, principalmente no inverno. E quem não tem essa sorte? As pessoas como eu horas reclamam, horas aproveitam o frio para comer umas calorias a mais. Minha solidão não tem temperatura e está pra todas as estações do ano. A cada novo casal de amigos que eu descubro o incontrolável sentimento de inveja me toma, afinal eu também preciso de dias quentes de inverno. Mas eles não chegam. Eu também não desespero. O problema é ficar fria junto com o inverno.
Quando eu páro pra pensar no que eu quero descubro que eu quero justamente o que eu não sei. Essa parte clichê de "hein, hein, hein" é necessária, mas é bem mais que isso.
Acho que eu quero amar.

Enquanto o amor não chega... tomo um chá pra esquentar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

No litoral, na zona da mata, no agreste, no sertão, no concreto, no planalto, no cerrado, no pantanal, nos pampas...

As coisas que estão presas dentro de mim, as que eu não queria entrar em contato estão aflorando. Não importa onde eu esteja, ao que parece não sou uma moça de se apresentar a família, não sou feita de troféu. Mas só a impossibilidade desta alternativa já me coloca numa posição desconfortável. Como se eu não fosse suficientemente bela ou admirável para ser apresentada à família, como se eu fosse uma qualquer de uma noite.
Ainda assim este é o menor de meus problemas.
A saudade empregnada da minha família está me tomando, e a solidão se acirrando.
Meus rumos são totalmente incertos, não há um cais.
Mas se ao menos alguém me inventasse um cais onde eu soubesse a vez de me lançar eu saberia o que fazer, eu saberia onde ficar.
Vozes ecoam como se eu fosse a retirante deslumbrada que se arrependeu, elas me enojam. São pessoas as quais eu dediquei tempo e história de vida para que elas me compreendessem e mesmo assim não são capazes de vê um rastro sequer da minha alma.
Se eu me for, se eu ficar tanto faz, afinal o problema central é que eu esperava demais desta cidade, oras. Não é bem assim caras vozes, eu continuo com a mesma força, a mesma paixão, os mesmos sonhos, só não tenho certeza se vocês querem sonhar como eu sonho.