quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Uma grande mulher, porém louca!
Nossa, tem tantas coisa escondidas aqui que até sinto vergonha. Mais que amores e aventuras, o que é mais significante eu não retrato aqui. Eu só quero que as pessoas estejam bem. Não sei se quero outro blog, mas de fato tenho outra vida.
domingo, 14 de novembro de 2010
Perdidos
Entre tantas brechas,
por mais que eu afirme coisas
que eu não sei fazer,
na minha sinceridade está você.
E agora ela.
Deveras não sei o que acontece,
mas espero.
Tenho um filhete desangue entre meus dentes
e muita garra pra mudar o mundo,
agora aprendi que não consigo te mudar.
Nunca.
Em desespero.
por mais que eu afirme coisas
que eu não sei fazer,
na minha sinceridade está você.
E agora ela.
Deveras não sei o que acontece,
mas espero.
Tenho um filhete desangue entre meus dentes
e muita garra pra mudar o mundo,
agora aprendi que não consigo te mudar.
Nunca.
Em desespero.
sábado, 6 de novembro de 2010
A morte de Mandarina e o abandono de Heitor.
Após muito tempo hoje encontrei com ele. Um carinho grande me tomou, como se eu fosse falar com um grande amigo. Todavia, seus olhos escorregaram por meus olhos, seu riso me tomou, e eu pude sentir você em todas as minhas curvas. Mas eu não consigo me jogar. A menina de 21 anos não existe mais. Esta quase mulher de 24 prefere medir a altura do tombo e ficar calada te sentindo sozinha.
Não importa o que se foi, mas hoje eu entendi que daqui pra frente nada é estável, que os grandes amores sempre podem afetar. Se Mandarina nasceu com você, que ela morra pra que eu seja protagonista da minha própria vida.
Não importa o que se foi, mas hoje eu entendi que daqui pra frente nada é estável, que os grandes amores sempre podem afetar. Se Mandarina nasceu com você, que ela morra pra que eu seja protagonista da minha própria vida.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
As talitas
Esses dias foram tão confusos pra mim. Amei-te em amor romantico, em pensamento árcade, no pós-modernismo, e no modernismo também. Estou a espreita, pois tudo que amei se findou. A confiança se findou, e junto com ela o amor. O que ficou de tudo isso foi a resposta à pouca arte que se faz dos dias, e a pouca humana relação que há entre as pessoas. Minha decepção era que você era aposta pra contrapor todo esse mundo medilcre, aposta na qual perdi tudo. Não há mais fichas pra creditar nos sentimentos, nem em mim, nem no mundo.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Anúncio
Anuncia-se uma menina pra ser cuidada,
mas que também quer ser livre...
Sou eu...
Uma boemia inveterada,
uma maluca desaranjada...
Suplicando lhe peço a minha nova inscrição....
mas que também quer ser livre...
Sou eu...
Uma boemia inveterada,
uma maluca desaranjada...
Suplicando lhe peço a minha nova inscrição....
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
O que não lhe falo
Não há mais fotos dela em teu álbum. Teu amor virou um "não sei o quê". Queria estar por perto pra saber o motivo, queria estar por perto mas não posso. Há coisas que só você pode fazer, assim como o que eu sinto é tão meu, que mesmo sendo por você, você não faz parte. Há tanto trabalho a ser feito no ofício de amar a humanidade, que o que eu sinto parece pequeno. O sonho de dividir o amor e o trabalho com você ainda não acabou, mas ainda não sei lidar com o "daqui pra frente". Tudo o que eu posso dizer é que estou aqui, sempre.
Saudade,
Talita.
Saudade,
Talita.
sábado, 2 de outubro de 2010
Me deste amor
Me deste o salto, o desejo,
O cheiro, o toque, o gozo,
O peito pra dormi,
Os carinhos pra me acalentar,
A calma, o beijo, o gesto,
A lealdade, a presença,
Os ouvidos, as palavras, a milonga,
A viagem por lugares desconhecidos,
Os risos, os infindável risos,
A libertade pra eu chorar.
E de tanto se dar,
já era amor.
De tão perto, belo e tocável
preferiste partir sem notar.
O cheiro, o toque, o gozo,
O peito pra dormi,
Os carinhos pra me acalentar,
A calma, o beijo, o gesto,
A lealdade, a presença,
Os ouvidos, as palavras, a milonga,
A viagem por lugares desconhecidos,
Os risos, os infindável risos,
A libertade pra eu chorar.
E de tanto se dar,
já era amor.
De tão perto, belo e tocável
preferiste partir sem notar.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Mais forte, mais viva, mais só.
A história teve seu curso. Niguém sabe dela, só eu. Tudo se findou da melhor maneira possível, pela primeira vez na minha vida não há erros. Acho que virei "um tipo de trotsky do amor", previ cada passo e me sinto bem por isso.
Sem mais...
Chega a hora, derradeira hora de te deixar.
E já não é mas triste, já não há pesar.
Nos amamos rumo à fora, madrugada a dentro...
E fica o sorriso leve no canto dos lábios,
o carinho e a história.
As brigas, as confusões, o roteiro inteiro,
eu deixo para outra,
a mim basta ser um curta metragem de felicidade.
Abraços e carinhos...
Talita Kumy
Sem mais...
Chega a hora, derradeira hora de te deixar.
E já não é mas triste, já não há pesar.
Nos amamos rumo à fora, madrugada a dentro...
E fica o sorriso leve no canto dos lábios,
o carinho e a história.
As brigas, as confusões, o roteiro inteiro,
eu deixo para outra,
a mim basta ser um curta metragem de felicidade.
Abraços e carinhos...
Talita Kumy
terça-feira, 28 de setembro de 2010
9 meses
Há cerca de 9 meses estou em São Paulo. Hoje fui fazer uma entrevista de emprego, estou uma pilha de nervos, há tanto medo em mim... E o medo veio do sonho de trabalhar naquele lugar. Quando a gente é criança ficam falando que é pra gente acreditar nos sonhos, mas e quando se torna medo? Ninguém me falou nada a respeito então fiz um poema...
Dilemas
Quantos sonhos pode ter um ser humano?
E quantos humanos é preciso pra se ter um sonho?
No instante em que se fabrica a vida
tanto é preciso a matéria viva
quanto o vão da grandiosidade imaginativa.
Os sonhos podem virar várias coisas...
Quando viram realidade, somos felizes.
Quando viram utopia, somos frustados.
Mas quando são em demasia sonhados,
viram medo, o medo que antecede a tristeza.
E tudo parece ter se findado.
Talita Kumy
Dilemas
Quantos sonhos pode ter um ser humano?
E quantos humanos é preciso pra se ter um sonho?
No instante em que se fabrica a vida
tanto é preciso a matéria viva
quanto o vão da grandiosidade imaginativa.
Os sonhos podem virar várias coisas...
Quando viram realidade, somos felizes.
Quando viram utopia, somos frustados.
Mas quando são em demasia sonhados,
viram medo, o medo que antecede a tristeza.
E tudo parece ter se findado.
Talita Kumy
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Resposta ao tempo... um mero plágio da música
Hoje, no caminho pra te vê pensei o quanto seria bom você me chamando pra ficar com você... Foi ruim te vê longe. Mas o pior é entrar em crise sem poder te contar nada. Vim pra essa cidade por dois motivos. O primeiro é a militância, jurei pra mim mesma ao vê as barbaries do estágio de nutrição clínica que era a saúde o meu caminho. O segundo é o que me mantém viva, lado a lado com a política, a arte. Hoje conversamos sobre isso, não há tempo/dinheiro para arte aqui. E hoje descobri meu poder de transformação da realidade na saúde tão insignificante, que eu acredito que doeu mais que a sua normalidade. Ao saí de Maceió, e até mesmo aqui muita gente acreditava que eu "vim por amor" ou sei lá o quê. Bem, não é bem assim. Onde estiver amarei, mas tenho a certeza que amores terminam no escuro, sozinhos. Meu amor é muito maior. Ninguém entende, e eu não tenho motivos pra me fazer entender.
E o tempo se rói com inveja de mim... Como eu morro de amor pra tentar reviver!
E o tempo se rói com inveja de mim... Como eu morro de amor pra tentar reviver!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Sem nomes, sem dores, sem fomes
Tudo de melhor que me aconteceu na vida foi inesperado, incluindo o próprio fato do meu nascimento. E assim não fora diferente. De início eu te olhava e te queria. Mas então eu descobri que o que eu via não era pra mim, e fui me convencendo disso.
Havia um outro alguém. Mesmo assim meus dias eram melhores com a sua presença, e ainda são. Até que esse "terceiro elemento" não era mais assim tão presente. Confesso que idéias e vontades me passaram pela cabeça. Todavia, nos últimos tempos eu desaprendera a me aproximar não só de você, mas de qualquer homem da face da terra. Coisas de quem se machucou, de quem precisa vivar adulta e tem apenas que trabalhar. Foi quando em uma noite você revira tudo em mim. Pulando a parte de uma noite regada a boemia, música e política, o que pra mim já era perfeito, você veio. Eu só queria te fazer uma massagem, te tocar um pouco... Então você começa a me conduzir como numa dança, era uma dança infindável de prazer. Chorei. Chorei por não acreditar em você, mas principalmente em mim, e também pelo medo do raiar do sol. E tão certo como não dá pra suspender o tempo, tudo raiou. Porém, então lúcida me embebeci de teus carinhos. Conversamos, rimos, brincamos e falamos coisas sérias, com a leveza de quem não tem relacionamentos marcados pela cobrança, idealismos ou hipocrisia. Eu sabia que o fantasma do terceiro elemento nos rondava o tempo todo, e a sua dor era um pouco minha, de minha história. Pela primeira vez não me senti usada, me senti plena. Venho pensando em você, o primeiro Homem que estive. Essa constatação ficou bem clara com o seu abraço ao nos despedirmos. Sua entrega àquele momento, e a delicadeza daqueles instantes estão guardados em mim. Acho que eu descobri o que eu quero e como eu quero me senti diante de um homem. Não posso influenciar na sua história, nem curar suas dores ou fazer do que sentimos algo mesquinho. Mas posso pensar no que aconteceu, o que por si só me basta.
Seria bastante hipocrita se negasse a vontade que ainda há de ti, porém para nós há dois caminhos. O primeiro é enveredar na amizade, no gostar muito, muito do outro, o que já acontece, e pode ser ainda mais. O segundo é enveredar no desconhecido. Isso vai depender das nossas curas, dos nossos medos, das nossas vontades. Não sei o que eu quero pra mim ainda, nem sei se é hora de me apaixonar, ou se você poderia viver uma relação calma comigo, ou se vivendo uma relação calma significa pra você sermos amigos. Caso tenha chegado até aqui, meu canto escondido, que quase ninguém vê, entendo que é por também pensar em mim. Agora que sabe o possível de saber com palavras, que a história aconteça.
Quis fazer de nós um poema,
mas todos rascunhos estavam envergonhados.
Em nossos instantes tudo era tão belo,
que as palavras todas se afugentaram.
Dedilhei alguma coisa no violão,
mas era o tom do teu gemido que faltava.
Fiquei dias à espreita daquilo... e nada.
Nem a chuva que se deu depois daquele dia,
ou os trovões relampeando se igualavam.
Talvez porque a vida não se escreve,
a vida deveras, se sente.
Com carinho,
a menina.
Havia um outro alguém. Mesmo assim meus dias eram melhores com a sua presença, e ainda são. Até que esse "terceiro elemento" não era mais assim tão presente. Confesso que idéias e vontades me passaram pela cabeça. Todavia, nos últimos tempos eu desaprendera a me aproximar não só de você, mas de qualquer homem da face da terra. Coisas de quem se machucou, de quem precisa vivar adulta e tem apenas que trabalhar. Foi quando em uma noite você revira tudo em mim. Pulando a parte de uma noite regada a boemia, música e política, o que pra mim já era perfeito, você veio. Eu só queria te fazer uma massagem, te tocar um pouco... Então você começa a me conduzir como numa dança, era uma dança infindável de prazer. Chorei. Chorei por não acreditar em você, mas principalmente em mim, e também pelo medo do raiar do sol. E tão certo como não dá pra suspender o tempo, tudo raiou. Porém, então lúcida me embebeci de teus carinhos. Conversamos, rimos, brincamos e falamos coisas sérias, com a leveza de quem não tem relacionamentos marcados pela cobrança, idealismos ou hipocrisia. Eu sabia que o fantasma do terceiro elemento nos rondava o tempo todo, e a sua dor era um pouco minha, de minha história. Pela primeira vez não me senti usada, me senti plena. Venho pensando em você, o primeiro Homem que estive. Essa constatação ficou bem clara com o seu abraço ao nos despedirmos. Sua entrega àquele momento, e a delicadeza daqueles instantes estão guardados em mim. Acho que eu descobri o que eu quero e como eu quero me senti diante de um homem. Não posso influenciar na sua história, nem curar suas dores ou fazer do que sentimos algo mesquinho. Mas posso pensar no que aconteceu, o que por si só me basta.
Seria bastante hipocrita se negasse a vontade que ainda há de ti, porém para nós há dois caminhos. O primeiro é enveredar na amizade, no gostar muito, muito do outro, o que já acontece, e pode ser ainda mais. O segundo é enveredar no desconhecido. Isso vai depender das nossas curas, dos nossos medos, das nossas vontades. Não sei o que eu quero pra mim ainda, nem sei se é hora de me apaixonar, ou se você poderia viver uma relação calma comigo, ou se vivendo uma relação calma significa pra você sermos amigos. Caso tenha chegado até aqui, meu canto escondido, que quase ninguém vê, entendo que é por também pensar em mim. Agora que sabe o possível de saber com palavras, que a história aconteça.
Quis fazer de nós um poema,
mas todos rascunhos estavam envergonhados.
Em nossos instantes tudo era tão belo,
que as palavras todas se afugentaram.
Dedilhei alguma coisa no violão,
mas era o tom do teu gemido que faltava.
Fiquei dias à espreita daquilo... e nada.
Nem a chuva que se deu depois daquele dia,
ou os trovões relampeando se igualavam.
Talvez porque a vida não se escreve,
a vida deveras, se sente.
Com carinho,
a menina.
domingo, 5 de setembro de 2010
Poema da brotação das mães
Te deixo uns cigarros e vou viver...
Te deixo uns remorsos e vou morrer...
Te deixo um recado pra voltar...
Te deixo minha ausência quando isso acontecer.
Ainda não inventaram palavra pro pior,
e ele se aproxima e me culpa.
Não sou mais uma menina,
nem sou mulher, ainda.
Tudo tá me torturando,
a cada resposta de força que dou
parece um teste pra piorar.
Meu recanto pras dores é o exílio,
a vida que querem viver em mim
já não posso dar.
Classificam isso como meu pecado,
a isso eu chamo liberdade.
Mas não é fácil,
não é feliz,
não é compreensível amar.
Te deixo uns remorsos e vou morrer...
Te deixo um recado pra voltar...
Te deixo minha ausência quando isso acontecer.
Ainda não inventaram palavra pro pior,
e ele se aproxima e me culpa.
Não sou mais uma menina,
nem sou mulher, ainda.
Tudo tá me torturando,
a cada resposta de força que dou
parece um teste pra piorar.
Meu recanto pras dores é o exílio,
a vida que querem viver em mim
já não posso dar.
Classificam isso como meu pecado,
a isso eu chamo liberdade.
Mas não é fácil,
não é feliz,
não é compreensível amar.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Vá pra puta que o pariu!
Não! A dor do mundo não sou eu!
Mesmo que em meu ventre adoeça.
Estou farta do egocentrismo,
das palavras ritmadas,
dos amores únicos, clonagens.
Quem decide o que escrevo sou eu!
Mesmo aprisionada (eu e meus pares)
nestes dias dolorosos..
Mesmo que em meu ventre adoeça.
Estou farta do egocentrismo,
das palavras ritmadas,
dos amores únicos, clonagens.
Quem decide o que escrevo sou eu!
Mesmo aprisionada (eu e meus pares)
nestes dias dolorosos..
Um ano de "drão"
Drão (Gilberto Gil)
Drão, o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressucitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Nossa caminha dura
Dura caminhada, pela estrada escura
Drão não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Entende-se infinito, imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Nossa caminha dura, cama de tatame
Pela vida afora
Drão os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer, aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre nasce trigo
Vive morre pão
Drão, Drão
Já faz um ano que eu te conheço, em alguns dias um ano que me apaixonei por você. Foi uma dura caminhada de muitas alegrias e de pedaços de mim espalhados pelo chão. Os pecados foram todos meus, sua coerência em relação a sua idade, seus objetivos, sua preservação.
terça-feira, 22 de junho de 2010
4, 14 e 24
É nariz sangrando.
cabelo fora do lugar,
ou sou eu?
É tudo caindo, escorrendo
por entre os dedos da vida.
É pesadelo,
muito pesadelo.
Impaciência, dor, tumulto.
É não escrever,
é escrever muito.
É música certa na hora errada,
o peso do silêncio.
É a certeza das dúvidas,
é a desconfiança do próximo instante.
É o medo da segunda-feira,
a feira de sábado.
Não é o fim do caminho,
mas o derradeiro passo do antigo caminhar.
É não saber como se anda,
é o vagar.
É o controle do incontrolável,
o descompasso do amadurecimento.
São os círculos.
É o instante compulsivo,
cravado na estabilidade.
É o não entender,
é o inverno nos dentes.
É o desabafo com parcimônia,
é o absolver, solver, ver e não enxergar.
São as lágrimas sumo das palavras,
são anos e anos e anos resumidos à nada.
É ter muito o que fazer,
de um tanto que não faz sentido algum.
É o ócio preenchido de trabalho,
e o trabalhar para oficina do diabo.
É ser só, e assim será daqui pra frente.
É o que é, e esse é o meu maior problema.
cabelo fora do lugar,
ou sou eu?
É tudo caindo, escorrendo
por entre os dedos da vida.
É pesadelo,
muito pesadelo.
Impaciência, dor, tumulto.
É não escrever,
é escrever muito.
É música certa na hora errada,
o peso do silêncio.
É a certeza das dúvidas,
é a desconfiança do próximo instante.
É o medo da segunda-feira,
a feira de sábado.
Não é o fim do caminho,
mas o derradeiro passo do antigo caminhar.
É não saber como se anda,
é o vagar.
É o controle do incontrolável,
o descompasso do amadurecimento.
São os círculos.
É o instante compulsivo,
cravado na estabilidade.
É o não entender,
é o inverno nos dentes.
É o desabafo com parcimônia,
é o absolver, solver, ver e não enxergar.
São as lágrimas sumo das palavras,
são anos e anos e anos resumidos à nada.
É ter muito o que fazer,
de um tanto que não faz sentido algum.
É o ócio preenchido de trabalho,
e o trabalhar para oficina do diabo.
É ser só, e assim será daqui pra frente.
É o que é, e esse é o meu maior problema.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Eu quero morrer
Decepções
descem
opções
desmoralizam
ferem
assassinam
insiste-se em viver
paga-se o preço
aí sim:
- MORRE-se!
descem
opções
desmoralizam
ferem
assassinam
insiste-se em viver
paga-se o preço
aí sim:
- MORRE-se!
terça-feira, 18 de maio de 2010
Já que não posso gritar...
Não sei exatamente porque o amo. Durante meus outros amores amei defeitos, qualidades, personalidade. Ele? De fato não sei. Não sei porque perpassa meus pensamentos e horas, porque me dá forças mesmo ausente, me deprime ao seu silêncio, mas não me desperta rancor. Se ao menos soubesse o motivo desse amor saberia o antídoto. Ele agora pousa em outras bocas, faz outras coisas, e eu aqui me excedendo em minha euforia... Acho que eu só precisava falar pra descobrir o que é felicidade. Apesar de saber que o amo sem motivo racional, admitir é o primeiro passo.
Satisfeito - Marisa Monte
Você me deixou satisfeito
Nunca vi deixar alguém assim
Você me livrou do preconceito de partir
Agora me sinto feliz aqui
Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?
Vivo tranqüilo, a liberdade é quem me faz carinho
No meu caminho não tem pedras, nem espinhos
Eu durmo sereno e acordo com o canto dos passarinhos
Satisfeito - Marisa Monte
Você me deixou satisfeito
Nunca vi deixar alguém assim
Você me livrou do preconceito de partir
Agora me sinto feliz aqui
Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?
Vivo tranqüilo, a liberdade é quem me faz carinho
No meu caminho não tem pedras, nem espinhos
Eu durmo sereno e acordo com o canto dos passarinhos
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Mas ele não veio, não capitulou a sua política
Vieste
Composição: Ivan Lins / Vitor Martins
Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos prá mim
Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor
Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos e velas ao vento
Vieste me dando alento
Me olhando por dentro, velando por mim
Vieste de olhos fechados num dia marcado
Sagrado prá mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Composição: Ivan Lins / Vitor Martins
Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos prá mim
Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor
Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos e velas ao vento
Vieste me dando alento
Me olhando por dentro, velando por mim
Vieste de olhos fechados num dia marcado
Sagrado prá mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
E se assim fosse e queresse?
domingo, 18 de abril de 2010
E(in)stantes
"A gente só cresce quando o mundo transborda"
"O tamanho das coisas é sua capacidade de senti-las"
"As metrópolis não são assustadoras, como os homens às fizeram sim"
"Teatro faz o mundo parecer pequeno e gigantesco, ao mesmo tempo"
"Sempre tenho a impressão que São Paulo transborda e enxarca as minhas vistas"
( )
Me faço rastro
da terra sem fronteiras
e eles já usaram isso.
Caço palaras,
mas as que fito
me amarram e encarceram.
Só o que sinto liberta.
Os nomes pro que vejo
são correias pra poder falar...
Calo.
Mas os calos da alma
não me deixam calar.
Vasculho cores procurando tons
me vem beleza...
Mas meia dúzia de letras não conseguem emocionar!
O caber é pouco,
Todavia de escassez sincera.
Por isso ainda escrevo.
Amar o que sinto,
no ofício de tornar as palavras mais belas.
Penso... Finjo.
da terra sem fronteiras
e eles já usaram isso.
Caço palaras,
mas as que fito
me amarram e encarceram.
Só o que sinto liberta.
Os nomes pro que vejo
são correias pra poder falar...
Calo.
Mas os calos da alma
não me deixam calar.
Vasculho cores procurando tons
me vem beleza...
Mas meia dúzia de letras não conseguem emocionar!
O caber é pouco,
Todavia de escassez sincera.
Por isso ainda escrevo.
Amar o que sinto,
no ofício de tornar as palavras mais belas.
Penso... Finjo.
A cirandeira
Amo o poder sentir
E o amar em si já é um sentimento.
Uma ciranda imperfeita
em que amor, solidão, fúria, paz...
tudo se dá as mãos.
Tudo em mim dança,
um de frente pro outro.
Um muda o passo,
e todo o resto muda.
Uma nova forma de sentir entra,
e eu vou ficando maior.
Todos chutam a areia da vida,
às voltas do mar da história.
Pintura viva
Tintas imicíveis,
de natureza distintas.
Contraste.
Alguns tons me pertencem,
mas a tua intensidade...
Tão negra, ímpar, pura.
Pintura nossos corpos,
mesmo na plástica efemeridade:
Beleza.
Tua cor me fez amar a minha,
Prazer pros olhos,
prazer de carnes.
Amanheceu e a tela se desfez.
de natureza distintas.
Contraste.
Alguns tons me pertencem,
mas a tua intensidade...
Tão negra, ímpar, pura.
Pintura nossos corpos,
mesmo na plástica efemeridade:
Beleza.
Tua cor me fez amar a minha,
Prazer pros olhos,
prazer de carnes.
Amanheceu e a tela se desfez.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Primeira impressão
Acorda a corda do tempo,
já é hora de se ajeitar,
banho, perfurme, creme,
maquiagem, roupa, salto,
e o passo, passo.
Preciso invadir almas,
advinhar desejos.
É pra sorrir, simpatia.
Olhar nos olhos sem vascilar.
Falo e calo.
Fim do dia me dói os calos,
me dói andar.
Como devo ver, como devo ser...
Será?
Já não há mais tempo pra perguntas.
Escondo tristezas,falhas, erros,
morro de medo de errar.
Preciso que acreditem...
E uma estranha voz, tormenta:
-Você tem que acreditar!
O tempo é tudo que falta,
e me dói cada não.
Preciso ser mais forte,
falo alto, agito, enfeito,
represento e acredito,
tudo por ela...
a minha primeira impressão.
Poema para alguém com quem trabalho...
já é hora de se ajeitar,
banho, perfurme, creme,
maquiagem, roupa, salto,
e o passo, passo.
Preciso invadir almas,
advinhar desejos.
É pra sorrir, simpatia.
Olhar nos olhos sem vascilar.
Falo e calo.
Fim do dia me dói os calos,
me dói andar.
Como devo ver, como devo ser...
Será?
Já não há mais tempo pra perguntas.
Escondo tristezas,falhas, erros,
morro de medo de errar.
Preciso que acreditem...
E uma estranha voz, tormenta:
-Você tem que acreditar!
O tempo é tudo que falta,
e me dói cada não.
Preciso ser mais forte,
falo alto, agito, enfeito,
represento e acredito,
tudo por ela...
a minha primeira impressão.
Poema para alguém com quem trabalho...
domingo, 17 de janeiro de 2010
Versos ensolarados
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