quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Agora aprendi...

Bem, sei que é meio ridículo aos 23 anos descobri para que servem os poemas... servem como curriculo para admissão nos corações alheios. Um dia você pode apresentar pra determinado patrão, noutro para outro patrão... Assim segue, segue a sequidão dos dias. Ninguém nunca vai saber o que há por trás das palavras. Agora meu grande anceio é fazer um poema generico de amor para conquistar corações alheios, afinal, sofrer, amar, viver dá muito trabalho.
Tudo isso por saber que por entre os lábios dele saem as mesmas palavras que eram minhas, só que agora são para a outra.
Eu só queria Viver!

sábado, 5 de setembro de 2009

em minúsculas

Ando Só
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger

ando só
pois só eu sei
pra onde ir
por onde andei
ando só
nem sei por que
não me pergunte
o que eu não sei

pergunte ao pó
desça o porão
siga aquele carro
ou as pegadas que eu deixei
pergunte ao pó
por onde andei
há um mapa dos meus passos
nos pedaços que eu deixei

desate o nó
que te prendeu
a uma pessoa que nunca te mereceu
desate o nó
que nos uniu
num desatino
um desafio

ando só
como um pássaro voando
ando só
como se voasse em bando
ando só
pois só eu sei andar
sem saber até quando
ando só

Um nada

Tenho que escrever, pra lembrar quando sentir aquelas malditas borboletas no estômago, lembrar que eu vou me lascar mais uma vez. Não adianta vir com nhén nhén nhén de "vamos tentar", "vamos viver essa história", "gosto de você" e blá blá blá... A verdade é que desde o princípio o interesse é carnal. Não que isso seja ruim, adoro uma carne também, mas o problema é que é só isso. Definitivamente o que me separa dos outros animais é a minha capacidade de sentir. Viver pra procriar é pouco pra mim. Eu quero viver. Até hoje não encontrei ninguém que pensasse igual a mim. Mas as amaldiçoadas borboletas insistem em brotar do nada, e eu fico na ilusão que "ó, encontrei ele", mas no fundo eu sei que ainda não é dessa vez. Essa hora nunca vai chegar, acho que nasci fora do tempo ou devo ser maluca.
Tudo está tão cinza agora. Cair não é fácil. E meu ventre insiste em doer...

O fogo ilumina muito por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo, o fogo apaga tudo.
Tudo um dia vira luz.
Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos.

Cólica

Meu ventre reclama,
a dor não é o pior.
Silêncio deliberado,
o fim, a tristeza,
a angústica, o mal humor,
as coisas que sempre se findam.
Eu acreditei que era verdadeiro,
nem verdade era,
pensei ser o derradeiro,
nem princípio era.
Hoje não penso nada,
minhas condições não deixam,
parár significa morrer,
seguir significa isolar.